quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Poema para Teresa.

Por vezes você costumava me dizer...
Dizer aquilo que eu sempre espero.
Por vezes, Teresa, eu perdoava você
Perdôo, mesmo quando eu não quero.

Não vejo mais em seus olhos, Teresa..
Não me vejo lá.
Ainda te amo com certeza.
Como eu te amava no começo.Sempre Te amar.

Teresa, ainda me ama?
Ainda me ama, Teresa?
Ainda me ama?
Ainda meam...
Ainda...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aí por coincidência eu postei isso hoje..

Aí, eu lembro quando ela me procurou para parabenizar os meus 18 anos e eu não estava.Eu não retornei a ligação para agradecê-la que ela lembrou o meu aniversário.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Flertezinholhar

Se Julieta não tivesse encontrado os olhos de Romeu
Romeu não seria quem foi, quem é
[Não sei]
Nem eu
Seria o que sou
Se não tivesse encontrado os olhos do meu Marquês

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Como se fosse chover

Um sol escaldante às oito da manhã - muitos vidros abertos.Carros amontoados, desorganizados, desenfileirados, parados. Eu olhava o retrovisor em vão. O relógio gritava a cada segundo ao meu intrigante tédio.
De repente, eu senti frio. Um metal roçando a cabeça e parecia em mim.Fechei os vidro subitamente como se logo fosse chover. Observei de longe.
A loira dos olhos claros, num carro importado, caía em pranto sob aquela voz autoritária, de palavras pobres e que causavam medo. A voz pedia que entregasse seus supérfluos, mas aquilo parecia a morte para a moça bem vestida. Todos assistiam a "cena de cinema".
E aquela voz cada vez mais se alterava, mais enraivecia...um estouro!A bela moça vestida de branco, vestia-se agora do mais carmesim. E a voz esvaneceu...
As sirenes, ouvia-se ao longe, ficaram lá presas - entre os carros.E manchete da moça ficou presa lá no jornal do dia seguinte.E eu nunca mais abri os vidros com medo da chuva.



Como pode ser visto, eu não devo ter tirado a nota mais alta; mas é no erro que eu pretendo um dia acertar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
(Mário de Sá Carneiro - Dispersão)
____
Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios.
(Anônimo)
____
Por hoje, somente hoje, não sou eu.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Closer

Mais uma de minhas atrocidades do ano passado (ano perdido). Lembro-me que fiz por inspiração no filme "Closer- perto demais"

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dia 21



Por toda a minha vida

Meu vem-amado
Quero fazer-te um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente tua e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém

Meu bem-amado
Estrela pura aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor
O meu amor
Maior que tudo quanto existe
Oh, meu amor

Vinícius de Moraes
____________________
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Movimento socialista

Em: Participe do orkut para ampliar o diâmetro do seu círculo social.


Ana³³ é amiga de Bi@ que é amiga de Sofia S2 que é amigade Pedro 157 que é amigo de V!nny que é amigo de MonIKKK que é amiga de JuliAnA que é amiga de Ga3rieL! que é amigo de Carlos que é amigo de Ceci que é amiga de ninguém.




Obs.: desculpa-me tantos "que", mas em algo (o site), tão útil para nossa vida , não é preciso de muito conhecimento gramatical da língua portuguesa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007


Aonde você vai sem mim?



Aonde você vai sem mim?


Aonde você vai sem mim?


Aonde você vai sem mim?


Aonde você vai sem mim?







Fim








segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O assassinato


Tiraram os olhinhos do U
E a elegância do chapéu
Das letras gêmeas;
E ainda querem me roubar as vogais de "QUE"
Que lusa[r] gente invejosa!
Só por que 'os mano' não sabe(m) de tal vitalidade?
Só por que 'os pião' não sabe(m) iscrever?
Mas eu não tiro NÃO!NÃO!
Meu prazer é desenhar
Os olhinhos do U em liqüidificador
O chapeuzinho em vêem -> no plural
Não troco minhas vogais por abreviatura alguma (húm!)
Oras!Que gente invejosa!Que gente preguiçosa!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Che storia è?

Penso che per vivere
Ci vuole verità,
E non e per niente facile
In questa società,
Dove tutto è un limite
Che soffoca la nostra liberta
Ma che senso ha?
Se tutto corre illogico
Morde e se ne va,
In questo palcoscenico
Chiamato umanità,
Che ci travolge
un'illusione di pietà
Ma chi ci salverà?
Sogni bendati dai lividi e i guaiIntrappolati dentro noi
In questa corsa infinita che ormai
Più nessuno vinceraCosì non va
Che storia è?Che storia è?
Grido di rabbia e mi chiedo perchè
Non ha mai fine
Tutto il dolore che c'è
Che storia è?Ma una risposta dov'è?
Non ci sono regole
Nessuna dignitàIl male è un'abitudine
È la normalita
Come le promesse che
Domani più nessuno manterrà
Ma chi si salverà?
Treni di notte nell'oscurità
Ma dimmi poi dove si va
Stelle di carta davanti a un falò
E fermarsi non si puòIo dico no

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O livro e a árvore só



I stold their smiles and made them mine.

Epígrafo

-
-
-
- Me U.S.A
- usa- me. . . então,né?!
-
-
-

terça-feira, 4 de setembro de 2007

De cor

E tudo era cores
Cores sem vida
Vida essa em flores
Flores sem vida

Vida por onde andei
Andei em flores
Flores que sorrirei
Sorrirei em cores

domingo, 2 de setembro de 2007

Som do silêncio

Desenhar círculos
Escrever palavra
Creio que tenho perdido o dom da fala
A quebra do grito interior
Pelo silêncio do som
Contento-me com x= 0 na minha vida
Ou pior, cair sempre em solução vazia.
Creio que tenho perdido da fala, o dom.

Toma lá dá cá

Puxa!
Puxo!
Empuxo!

sábado, 25 de agosto de 2007

C
..A
......I
.......N
.........D
...........O
..............d
.................a
....................E
........................S
............................C
................................A
.....................................D
..........................................A

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

-

Permita-me uma dança
É a noite da dança dos mortos
Um veneno amordaceu-me
Em meus pequenos lábios
Dance comigo
Ou eu danço com o vento
Dance comigo
Ou deixa-me dançar com os mortos.

Dançar sozinha é o que tenho feito.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Ao dia de ontem


Meu marquês, se tu soubesses o quão
Chorei.Frenesiada duma dor -
Não está comigo aqui agora.Paixão
Seria o começo, já então amor.
Meu marquês, se tu soubesses o quão
Amo-te, espero-te, mas não vens.
Perguntam-me daquela emoção
No meu sorriso.Somente tu tens.
Que os pássaros cantem na janela
E o vento grite e me tire a sofreguidão
Nestes cem anos de vida em cela
Que tenho de viver por obrigação
Viver ao teu lado marquês meu
Mesmo co'a mentira um dia sua
Tu não sabes como dói e doeu
No coração e minh'alma eternamente sua - SOMENTE.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Simplório verso

O tom negro vestiu o branco
Vestiu também minh'alma só
Que por si só e só
Já não tinha nenhum encanto

A chuva molhou o ápice das montanhas
Molhou também meus olhos pequeninos,
De olhares quase um dia vivos,
Até das minhas mãos, as entranhas

Fora tu que me deixara de lado
Sem esperanças para te dar meu Amor
Fora tu que me deixara de lado
Amargurada nessa intensa dor

(Não se preocupas.Sei que não és tu o culpado)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Por nada

Por fim
As belas tardes se foram
Para mim
A dor afogou-me
Num mar de páginas
Em branco e marfim
Palavras mudas
Palavras cegas
Palavras miúdas e maiúsculas
Serviu-me nenhuma delas
Então
Diz-me o que fazer
Se tudo será em vão?


Já volto!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

sábado, 21 de julho de 2007

Homem é tudo igual, só muda o tamanho do pau.



Todo homem é igual.O que difere um do outro é a mulher que ele tem; porém ele precisa ser amada e, principalmente,não ser enganada por esse homem ; não ser usada APENAS para o desejo carnal dele.










P.S.: Isso nao é nada pessoal.E isso também não foi irônico, não mesmo.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Recorri a morte
Morri

















Homenagem ao grande poeta brasileiro Oswald de Andrade.Cara bom...(risos)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

A moça triste*


Ela perdeu o que mais era importante para si - e não era sua vida.
.
.
Nada de sonhos
Nada de metas
Nada de objetivos
Nada de ânimo
Nada que pareça a chamada "vida"

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Escuta a v...shiiii!

Escuta a voz que chama.Escuta!
E a voz ia até aquele escuro canto
Onde se encontrava a velha caduca
Que cantava seu berrante pranto

Ela se debatia, descabelava-se, gritava
Escuta a voz que chama.Escuta!
E nada adiantava e nem parava
Aquela velhota velha biruta

Não havia mais ninguém na casa batuta
A não ser o gato preto, o vento na janela
Escuta a voz que chama.Escuta!
Não se sabe quem caía mais em tédio: era ou ela?

Mas tudo se tornou um ar diferente
Já se sentia medo da velha maluca
Ela abria a boca e sorria sem dente
Escuta a voz que chama.Escuta!

Pois então, a velha se irritou:
- Cala boca, porra de voz!Eu sou surda!

Ao Marquês

Pudera eu ter sempre suas mãos presas as minhas
E seus lábios presos aos meus
Pudera eu ser os passos que tu caminhas
E a inteligência nesses pensamentos seus

Quisera eu aceitar em te esquecer
E me negar meus olhos ao teu olhar
Quisera eu não lembrar, neste entardecer,
de ti.Quisera eu não te amar.

Pudera eu, contigo,sempre poder sorrir
Quisera eu apreciar seus toques em minha pele

Quisera eu acariciar meus toques em sua pele
Pudera eu ter a ti - e tenho.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Então começava mais um dia para ela.Era tão bonito seu modo de dormir e tão triste seus olhos quando estavam abertos.Ela acordava como se estivesse indo participar de um pesadelo.Passava com suavidade sobre o lado direito da cama com sua pequena mão - já não havia mais ninguém ali faz tempo.Eu assistia todos aqueles movimentos e os seus olhos inchados, vi todas as lágrimas derramadas nas noites desse "tempo".
Com muita fraqueza, ela se propunha obrigatoriamente a se despir e tomar banho, enxugar-se e se vestir novamente num ar frio batendo sua pele morta (na verdade, para ela sempre estava frio).Descia, ia até a garagem, analisava por alguns minutos o banco do motorista, uma lágrima caía do seu rosto. Eu queria tanto ajudá-la, não precisar levar essa triste moça tão brevemente...
Era assim todo esse "tempo", e pior era à noite.Ela deitava naquela cama de lembranças, acompanhada duma garrafa daquele bom uísque, pois logo estaria presa num mar de seu próprio choro.Adormecia.
Mas foi numa noite que a moça faria tudo diferente.Ela decidiu ir atrás da metade do seu cérebro, da metade do seu coração, da metade do seu ar.E saiu apressada até ao restaurante que todas essa metades, nas quartas-feiras, estavam.Foi a pior coisa que ela faria.As metades estavam lá, alegres, juntamente com as outras metades.A moça nãos abia como agir.Bêbada e insana, ela saiu por aí andando.Foi quando na sua "distração", peguei em sua mão fortemente e o carro bateu de jeito brusco nas costas dela.
Pronto.Enfim ela estava libre daquela rotina, daquelas lágrimas, daquele sofrimento.
____________ Aqui jaz a moça triste*
Na minha terra tem ladrão
Onde morrem os que não sabem se calar
Vestem-se de terno e viajam para Milão
E se esquecem do imposto para pagar



Simples, porco, mas é a realidade.

domingo, 24 de junho de 2007

O Abrigo

Há uma nuvem negra sobre minha cabeça e ela sempre insiste em fazer chover.Eu deveria procurar fugir dela, porém algo acaba me impedindo.
De repente, eu encontro um refúgio, um abrigo melhor que um guarda-chuva; e apesar de ainda cair alguns pingos em mim, foi a única coisa que me deixou segura e realmente abrigada, fazendo-me não ter medo de enfrentar a chuva e de sorrir mesmo quando não fizer Sol.
Eu queria estar sempre nesse abrigo...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Sem título por não ter o que colocar

Faz bom tempo que deixei de ser
Eu
Não me faço por merecer
Um lado bom meu
Confesso que culpo a miopia
Mas somente por não ter o que culpar
Sinceramente, se não fosse esse olhar
meu Deus, o que me tornaria?!
Tenho preguiça de gente
Tomo cerveja para fazê-la interessante
E vejo que se torna mais ignorante
Gabriel, acordar hoje foi deprimente!

Ora,ora é carnaval.

terça-feira, 12 de junho de 2007


- Vista-se , Catherine!Logo ele estará aqui.Vista-se decentemente!
- Mas, Dona Clemência, o que adianta se eu não o amo?
- E o que importa o amor entre tantos vestidos dos mais caros e belos que tu terás?
- Enxugaria as minhas lágrimas.

Jasmim


Desejo-me a ardência das velas, da chama
Queimar-me do cabelo à ponta do pé
Enojo-me do meu vômito de cana
Morte! Morte! Morte!
Já não me tenho mais em fé.

Vruuuumm!
O vento batia em mim
Apagava a ardência da chama das velas
E diziam todas aquelas pálidas donzelas:
- Tu não estás mais aqui!

Pobre Jasmim!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Vislumbres



Eis que me tenho aqui chorando
por ti. Mais uma vez, nunca imaginara.
Ao passo, tens meus olhos procurando
A tua beleza que tanto me encantara.

Não insistas em me enganar
desse amor. Não digas que meu um dia
tu serás. Objeto seu sou, pensas só afogar
em meu seio na suas noites de Agonia.

Se eu sangrar, tu estarás para estancar,
aqui, minha Ferida tão inagonizante?
Se eu chorar, tu estarás para enxugar,
aqui, minhas lágrimas tão abundantes?
Se eu dormir, tu estarás para acarretar,
aqui, um bom Sonho relaxante?

N'alma sonho desmancha-se em Noturno
Da existência vil logo fizeras a mim.
A ti, coube-me mostra sentimento Soturno.
Afagada a Névoa, meu afago - sem ti.
O vasto lago luarado lembra-me importuno
seu : tão almejado, tão doce. . .sem Fim.

domingo, 29 de abril de 2007


Na nossa vergonha mútua ,escondemos nossos olhos para cegá-los da verdade.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Então,
Eu te deixo...

Amar - somente a mim
Você me deixa...


Fazê-lo feliz?

Eu te abandono...
no meu profundo amor
Você me abandona...
(verso em branco)


Não sei fazer versos,
Não sei fazer rimas,
Não sou poeta,
Não tenho coesão nestas linhas.
Eu perco tempo..
tentanto algo de impacto e perfeito;
E somente o que consigo pensar em escrever
É que eu te amo sempre e o sempre -

(Mesmo assim não saiu bem como eu queria)

Inverno


Atrás das montanhas quentes

sobre os campos de trigo árduo

A neve caia...

Tristemente

Eu

logo desabaria

Junto a ela

Congelando-me

Esquecendo-me

Porque eu chegaria

até a li

O doce inverno

que crescia aqui dentro

Fantasma da meia-noite

Oh meu querido
Esta noite será diferente de todas as outras
Não beberei do mais doce vinho,
Nem usarei do seu veneno
Que tanto me entorpecera
Quantas noites perdi lá fora
Esperando para que tu me amastes...
Sou rainha da solidão
E alvo destes toques
Tão almejados por nosso desejo carnal.
(Serão meus sentimentos tão desprezíveis)
Minha doce criança pecadora
Tu sabes que sempre digo isso
Tu sabes que sempre hei de fazer novamente
São as vozes do seus espíritos
Que vêm pela manhã
Dizendo-me para te perdoar.
E, pela noite, o vento sopra,
Bate a minha face
Sussurrando suas palavras que me cativam
Serei sua mais uma vez...
Tocando-me com sua pele fria e mórbida
Leva-me aonde tu descansas
Eu não posso vagar
Como um corpo sem alma
enquanto espero a ti na minha cama
(O tempo passando...)
Agora, leva-me aonde tu descansas
Encostes os teus dedos sobre meu pescoço
Até que eu não consiga
Obter um último respiro ofegante
Agora,carrega-me em teus braços
O meu corpo vazio
Leva-me aonde tu descansas
Nós seremos uma só alma
Rosas brancas jogadas sobre nossa lar
Lágrimas como gota de chuva
Caem sobre nosso lugar
Oh meu querido!
Tenho a teu tempo todo
Tenho a teus sentidos e reflexos
Teu a tenho corpo
E nada me importa mais!

Questão de estética

Eu assistia à eterna discussão
de uns que querem a Forma e outros a Idéia,
mas a minh'alma, inteiramente alheia
cismava numa íntima visão.

Cismava em ti... Pensava na expressãodo
teu lânguido olhar, que em nós ateia
um rasto de volúpia e em cada veia
coa as lavas ardentes da paixão.

Pensava no teu corpo, maravilhacomo
igual certamente outra não brilha,
e lembrei - argumento capital -

que não tens, animando-te o portento
da imperecível Forma triunfal,
nem um nobre e sublime pensamento!

(Pecados, 1889.)
Medeiros de Albuquerque

Linhas sobre cerveja

Cheio de espuma e âmbar misturados
Esvaziarei este copo novamente
Visões as mais hilariantes embarafustam
Pela alcova de meu cérebro
Pensamentos os mais curiosos fantasias as mais extravagantes
Ganham vida e se dissipam;
O que me importa o passar das horas?
Hoje estou tomando cerveja.

Edgar Allan Poe
Mesmo se o Sol se negar a brilhar
Eu ainda vou estar te amando
Mesmo se o mar engolir a terra
Ainda vai existir "eu e você"

Fico feliz por ter dado meu coração
A uma mulher que me completa,
Ter tido inspirações pensando em você,
Passar dias de chuva nos teus braços

Tento imaginar, se não estivesse com você
Me vejo em negação por pensar na situação,
uma escuridão, um frio na minha mente

Obrigado, por ser minha felicidade verdadeira
as vezes eu sinto que a eternidade é pouco
para escrever aquilo que eu sinto

F.

terça-feira, 17 de abril de 2007

O pássaro


Pássaro negro fazendo em mim vida
Cobrindo um semblante suado
E o corpo trêmulo, pálido
Corteja-te também,pássaro, desta bebida

Voe para bem longe deste horizonte
Embriagado, tonto de pecado
Cubras suas asas em minha fronte
E numa virgem vadia e num anjo excomungado

E logo o pássaro negro cairia despenado
Caindo lentamente sobre o fúnebre calvário
Oh!Que Deus tenha dó deste pássaro exilado

Ninguém para contemplar o ser solitário
Tão jovem, tão embriagado
Oh!Que Deus tenha dó deste pássaro exilado.

Brisa


Criei-te sob o vento
E tu ainda insistes a me tocar
Nesta face feita ao pranto
Pranto deste Mar
Levai-nos ao fogo por debaixo deste Mar
Não me questiones sobre os traços
Que da morte hoje recebi
Os demônios carregam-nos em vosso braços
Tira-me a vida, ó Brisa deste Mar!
Não me questiones sobre os traços
Que da morte hoje recebi
Que prazeres na vida
Posso eu viver,
Se nem esta que vos falo
Tenho prazer em ter?
Carrega minha solene vida,
ó Brisa do amanhecer!

Esdrúxulo

Tomando a bebida vermelha carmesim
Eu recordo das suas palavras
Quando longe estivera de mim
Tu fizeste de mim anjo da luxúria
Deslizaste em meu corpo
Como água em um banho de chuva

mudos progressadores do amor nós somos
A mesma mulher que te arranhaste - e lhe dá o prazer
É a mesma mulher que te provocara dor
A noite passara tão rápida...
Eos, o amanhecer não nos comove mais
Não nos traga esse desprazer

(Sereno homem vagabundo)
Não saia do meu divã
garanto-lhe meu corpo
E tu garantirás sua dor
escrevamos, todos os dias,
Aquilo que até hoje traçamos:
Esdrúxulo amor.

Soturna embriaguez

Beba mais um pouco de licor
Esqueça aquela que uma dia existira para ti
Olha esta que te acaricia
Esta agora que te chama de amor
(E mesmo por todo meu desejo de sufocá-la)
Beija-a como nunca beijara outra

Tu fora o sonho mais real que já pudera ter
Mas desfeito entre os raios do Sol
Desfeito num só dia, numa só noite
(Símbolo)

Meu rosto marcado
Eu vivi para ti, querido
E hoje, não sorrio mais
Não respiro mais
ó Deus!
Para qualquer lugar que Tu tenhas me concebido
É melhor do que está entre as coisas mais vivas da terra.
E hoje,não vivo mais

Beba mais um pouco de licor
Eu não estarei aqui esta noite.




  • 04 de janeiro de 2007 - antes da viagem de férias...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Medo

Meu medo...hoje ele está aqui de novo

Fazendo-me lembrar das coisas daquele dia

Fazendo-me cair em delírio

Meu medo...até você; medo

De te soltar;largar-te; libertar-te;

Medo deste escuro que te esconde

Medo deste silêncio que te cala

Medo deste medo que cai sobre mim

Meu medo em vão; não por hoje

Meu medo...guardado aqui dentro

Medo- não medo mais; seu abraço

Medo- não medo mais; seu beijo

Medo- não medo mais; você aqui

Meu medo...que pesa em mim

Meu medo deste medo que cai sobre mim

Medo deste escuro quando um dia esconder-te

Medo deste silêncio quando um dia calar-te

Medo- muito medo- em te perder;