Escuta a voz que chama.Escuta!
E a voz ia até aquele escuro canto
Onde se encontrava a velha caduca
Que cantava seu berrante pranto
Ela se debatia, descabelava-se, gritava
Escuta a voz que chama.Escuta!
E nada adiantava e nem parava
Aquela velhota velha biruta
Não havia mais ninguém na casa batuta
A não ser o gato preto, o vento na janela
Escuta a voz que chama.Escuta!
Não se sabe quem caía mais em tédio: era ou ela?
Mas tudo se tornou um ar diferente
Já se sentia medo da velha maluca
Ela abria a boca e sorria sem dente
Escuta a voz que chama.Escuta!
Pois então, a velha se irritou:
- Cala boca, porra de voz!Eu sou surda!
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