"Coceira no hímen". Não me lembro das exatas palavras, mas toda vez que lia isso da Aninha, achava que ela devia procurar um ginecologista e tratar da sua candidíase rápido......... Até o dia que eu acordei com uma coceira no hímen. Pensei "ô porra, será que a candidíase da Aninha tinha passado pra mim? Mas eu nem dormi com ela àquela noite! Será que a porra da candidíase se pega agora também por contato com um livro?". Peguei o espelhinho: Tudo limpo, como o dia anterior. Mas o hímen continuava e a coceira não parava mas a coceira continuava e meu hímen não parava mas meu coceira não continuava e o hímen parava mas o hímen meu coceira continuava não parava e continuava e continuava e não parava e não parava Me vi ali com quase todos os dedos da mão direita dentro de mim. Como era boa aquela sensação! Aí então que o hímen continuava e a coceira não parava cada vez mais forte cada vez mais forte cadavemaifortecavmafó...... Pronto! Peguei o espelhinho de novo e dava pra ver que um mar branco se apossou de mim e a coceira no hímen finalmente parou. Fiquei feliz por saber que não era candidíase.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Às sete tudo começa
As costas na cama. Os flashbacks na cabeça. Era você. Eu não
dormia desde então. De repente, senti um
calor subindo. Respiração ofegante. Excitação das células por toda a minha pele.
Da cabeça aos pés. Levantei. Fui vomitar. Já eram quase sete horas da manhã.
Meu vizinho já fazia o café da manhã. Voltei. Dormi. E o sol se abriu.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Até quando a madrugada
Abri os olhos e estava eu ali entrelaçada. Foram momentos
intensos, profundos, eu desejei você naquele corpo ali em cima de mim. Mas me
doeu. Não era seu cheiro, amor. Não era. Não era a sua língua. A nossa língua.
Eu não pude dormir, ele não me deixava dormir. Eu não podia. Tinham lentes. Mas
ainda sim eu vi o Rio, atravessada em uma montanha-russa. E não era você. Eu me
divertia. E não era você, amor. Cadê você?
Eu te odeio.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A poesia me mata
A poesia é aquela que me mata a cada palavra:
Me mata de pergunta
Me mata de loucura
Me mata de paixão
Me mata então de prazer
E se for pra morrer assim em cada palavra lida, dita
Que eu morra, caro leitor!
Não há morte mais linda que essa pra se morrer todo o dia.
Me mata de pergunta
Me mata de loucura
Me mata de paixão
Me mata então de prazer
E se for pra morrer assim em cada palavra lida, dita
Que eu morra, caro leitor!
Não há morte mais linda que essa pra se morrer todo o dia.
sábado, 13 de outubro de 2012
Festa
meu prazer é de amar o incomum
sentir na pele o toque [do] diferente
cheirar o desconhecido
que quanto mais vai entrando nas minhas entranhas
a sede por essas sensações me desdobram em fogos de artifício.
podem ser um, dois, três ou vinte
mas que me sejam
mas que me estejam
mas que me desejam, amor
se são [n]os pupilos que eu mais me sinto
não posso querer nada além
do que brincar na gangorra
de pega-pega
o horizonte
e eu
não posso querer nada além
dessa sede que me desdobra em fogos de artifício.
sentir na pele o toque [do] diferente
cheirar o desconhecido
que quanto mais vai entrando nas minhas entranhas
a sede por essas sensações me desdobram em fogos de artifício.
podem ser um, dois, três ou vinte
mas que me sejam
mas que me estejam
mas que me desejam, amor
se são [n]os pupilos que eu mais me sinto
não posso querer nada além
do que brincar na gangorra
de pega-pega
o horizonte
e eu
não posso querer nada além
dessa sede que me desdobra em fogos de artifício.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Dilema da vida
A gente sempre acha que é forte pra dizer as palavras que só a gente sabe quando tá no banheiro conversando consigo mesmo sobre aquelas coisas que nunca vão sair daquele banho de água quente gostosa. And let the moment slips away...
Então ela ia fazer errado de novo, mesmo sabendo das velhas consequências. Pensou que era forte - e era, só que da cara pro mundo. Por dentro era um h e a r t o f g l a s s tentando segurar os caquinhos que ali ainda conseguiram ficar. Ela sabia de tudo tudo que ia acontecer e ela nem prevê futuro, cê acredita? E por que persistir no erro? Isso era amor ou obsessão? Talvez fosse amor mesmo, mas sem paixão, sem querer voltar nos caminhos primórdios. Mas o que era mesmo também é porque ela gostava de ver que ele ia errar de novo, como já fez tantas vezes ali na carne dela. E assim ela poderia jogar na cara dele tudo de novo pra ele pedir desculpas que nem sabe o quê. Pedir desculpas? Ele? Ela é a que mais se deve desculpas por permitir os erros, as dores, os choros ocasionais e involuntários por dentro. Ninguém a mais machucou do que ela mesmo. VADIA.
Então ela ia fazer errado de novo, mesmo sabendo das velhas consequências. Pensou que era forte - e era, só que da cara pro mundo. Por dentro era um h e a r t o f g l a s s tentando segurar os caquinhos que ali ainda conseguiram ficar. Ela sabia de tudo tudo que ia acontecer e ela nem prevê futuro, cê acredita? E por que persistir no erro? Isso era amor ou obsessão? Talvez fosse amor mesmo, mas sem paixão, sem querer voltar nos caminhos primórdios. Mas o que era mesmo também é porque ela gostava de ver que ele ia errar de novo, como já fez tantas vezes ali na carne dela. E assim ela poderia jogar na cara dele tudo de novo pra ele pedir desculpas que nem sabe o quê. Pedir desculpas? Ele? Ela é a que mais se deve desculpas por permitir os erros, as dores, os choros ocasionais e involuntários por dentro. Ninguém a mais machucou do que ela mesmo. VADIA.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Black sun___wont come?
Penso em você, nas gostas de suor, em mim, em você, eu penso. Pensava Maria. Não sabia da consciência de si da sua façanha de pensar. Era extremamente a sanidade que tentava manter em si, mas agora não. Maria segurou as mãos de Vênus masculinas sangrias naquele dia depois daquela noite. E se perdeu.
- Sol negro não virá? Suas mãos nos ombros deslizando. Não era Sol negro, era luz apagada que se fazia roxa naquele teto feio por que o teto assim? Mas não se importou. Não se importaram. Naquele escuro, fundiu-se a(s) pele(s) na parede com pano preto.
- Vou pegar sua mão. Era João nos seus pensamentos. Naquele instante não se pensava nas consequências {Pourquoi renoncer à un présent et peut-être à un futur à cause du passé? tu parle français (?)}. Havia uma luz escura que ia breu e seguia no céu azul marinho naqueles caminhos sujos. pés e passos pés e passos nas poças no chão. Davam continuidade. joão.
Nesses caminhos tinham plantas, flor(es), sobretudo, até então anônima(s). ocultadas num quadro de Monet ou Van Gogh. Podia isso? Podia. Maria estava encantada por plantas nas palavras suaves. Ingênua(s). Nem se pensou em erva daninha - que é planta também.
Não pensou em ninguém naquela pouca luminosidade, na chuva lá fora, no barulho (dela). Pensou nas gotas de suor, nos respiros, nas saliências, nas razões, na rapidez..
Olhos. Olho. Olho, Olhos.
Maria, ao olhar no olho co'olho, percebeu que essa consciência de sobre si, era só dela mesmo. Suas formas redondas substituíram tudo o que ela pensou pensava pensa. Ela pensa. Maria pensa! Embora tudo tivesse sido delicioso como um bolo de chocolate, João rastreava somente a pele e as entranhas molhadas de Maria. Sim, ela cheirava tão bem mesmo às 5 da manhã. Mas ela pensava e via a farsa na olheira mentirosa de João.
Ela não tinha perdido a noite. Maria reviveu aqueles caminhos de tantas outras vezes Joões. Ela lembrou mais uma vez aquilo de que nunca se esquece e nunca lembram João, Lucas, Thiago, José: ela pensa sob sobre o corpo que a genética formou. Ela pensa em todos os momentos (que se esquece de estarem seus miolos dentro da caixa pendurada sobre as tribos de células).
Maria pensa, Maria corpórea em seu desejo próprio, Maria é feliz.
Maria, ao olhar no olho co'olho, percebeu que essa consciência de sobre si, era só dela mesmo. Suas formas redondas substituíram tudo o que ela pensou pensava pensa. Ela pensa. Maria pensa! Embora tudo tivesse sido delicioso como um bolo de chocolate, João rastreava somente a pele e as entranhas molhadas de Maria. Sim, ela cheirava tão bem mesmo às 5 da manhã. Mas ela pensava e via a farsa na olheira mentirosa de João.
Ela não tinha perdido a noite. Maria reviveu aqueles caminhos de tantas outras vezes Joões. Ela lembrou mais uma vez aquilo de que nunca se esquece e nunca lembram João, Lucas, Thiago, José: ela pensa sob sobre o corpo que a genética formou. Ela pensa em todos os momentos (que se esquece de estarem seus miolos dentro da caixa pendurada sobre as tribos de células).
Maria pensa, Maria corpórea em seu desejo próprio, Maria é feliz.
sábado, 2 de junho de 2012
reféns
... não era bom
começar daqui. mas o que era bom até aqui nessa semana? Teve minhas vontades na
sua ingenuidade. e por sorte você falava comigo (porque eu não tinha coragem de
entrar nos seus olhos) e crescia essa vontade em você de ver você de escutar
você de você. engraçado que sempre nossos olhos se cruzavam naquele cheiro de
comida de hospital - acho que você me reconhecia na rua - e eu cruzei naquele
noite com os olhos errados tão certos eu achei na verdade pra aquele
momento. você estava ali naqueles caminhares no breu. era você não te vi
não te via eu te vi você falou comigo e não era é seu dever. FOI AÍ que se tem
um bom(?) começar - não sei se era bom - então minha carne moída de
segunda-feira tinha outro sabor quando eu via teus olhos. não quero não posso
paixão. Porque. teu olhar de aproximação me tonteava até eu cair na minha
realidade: era eu quem te queria e não o contrário.
domingo, 13 de maio de 2012
Correspondências II
essa nuvem rosa
[me faz pensar nas dores:
pretas.]
(N)o céu azul-marinho logo ali
você no ponto vermelho]
[e eu nas páginas brancas
[me faz pensar nas dores:
pretas.]
(N)o céu azul-marinho logo ali
você no ponto vermelho]
[e eu nas páginas brancas
Correspondências I
eu estive aí
eu sou o caos
Aqui
encontra-se a
harmonia pacífica
dos elos circulares
está nos seus braços
eu estive aqui
você esteve em mim
Olhos fechados.
eu sou o caos
Aqui
encontra-se a
harmonia pacífica
dos elos circulares
está nos seus braços
eu estive aqui
você esteve em mim
Olhos fechados.
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