quarta-feira, 9 de maio de 2007

Vislumbres



Eis que me tenho aqui chorando
por ti. Mais uma vez, nunca imaginara.
Ao passo, tens meus olhos procurando
A tua beleza que tanto me encantara.

Não insistas em me enganar
desse amor. Não digas que meu um dia
tu serás. Objeto seu sou, pensas só afogar
em meu seio na suas noites de Agonia.

Se eu sangrar, tu estarás para estancar,
aqui, minha Ferida tão inagonizante?
Se eu chorar, tu estarás para enxugar,
aqui, minhas lágrimas tão abundantes?
Se eu dormir, tu estarás para acarretar,
aqui, um bom Sonho relaxante?

N'alma sonho desmancha-se em Noturno
Da existência vil logo fizeras a mim.
A ti, coube-me mostra sentimento Soturno.
Afagada a Névoa, meu afago - sem ti.
O vasto lago luarado lembra-me importuno
seu : tão almejado, tão doce. . .sem Fim.