terça-feira, 2 de outubro de 2007

Como se fosse chover

Um sol escaldante às oito da manhã - muitos vidros abertos.Carros amontoados, desorganizados, desenfileirados, parados. Eu olhava o retrovisor em vão. O relógio gritava a cada segundo ao meu intrigante tédio.
De repente, eu senti frio. Um metal roçando a cabeça e parecia em mim.Fechei os vidro subitamente como se logo fosse chover. Observei de longe.
A loira dos olhos claros, num carro importado, caía em pranto sob aquela voz autoritária, de palavras pobres e que causavam medo. A voz pedia que entregasse seus supérfluos, mas aquilo parecia a morte para a moça bem vestida. Todos assistiam a "cena de cinema".
E aquela voz cada vez mais se alterava, mais enraivecia...um estouro!A bela moça vestida de branco, vestia-se agora do mais carmesim. E a voz esvaneceu...
As sirenes, ouvia-se ao longe, ficaram lá presas - entre os carros.E manchete da moça ficou presa lá no jornal do dia seguinte.E eu nunca mais abri os vidros com medo da chuva.



Como pode ser visto, eu não devo ter tirado a nota mais alta; mas é no erro que eu pretendo um dia acertar.

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