sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dia 21



Por toda a minha vida

Meu vem-amado
Quero fazer-te um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente tua e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém

Meu bem-amado
Estrela pura aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor
O meu amor
Maior que tudo quanto existe
Oh, meu amor

Vinícius de Moraes
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Soneto do Amor Total
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

2 comentários:

F. Marques disse...

Hahahahha adorei! Tenho que admitir que realmente pareço um louco, mas anarquista já é demais! Acho que seu cabelo não é assim não.
Adorei a homenagem! Mas o Vinícius é um 'Álvares' sem tuberculose.

F. Marques disse...

hahahha não precisava amor, você sabe que sempre falo demais.